quinta-feira, 1 de março de 2012

Eu e a FAETEC II


                     Deveríamos aprender com Prazer e não por obrigação
                     Deveríamos aprender a Amar e não a competir
                     Deveríamos aprender a Criar e não a repetir

                     Há um Andarilho das Estrelas dentro de cada um de Nós
                     Há uma Inteligência Infinita dentro de cada um de Nós
                     Mas não foi a FAETEC que me disse isso
                     Foi o meu Coração

Eu e a FAETEC

         No começo da década de 90, depois de terminar o 1.o Grau comecei a estudar um Curso Técnico em Processamento de Dados em uma escola particular. Depois de 1 ano ficou muito difícil pagar as mensalidades e tive que sair. Então no ano seguinte fiz prova para a Escola Técnica Visconde de Mauá em Marechal Hermes. Consegui passar, fiquei em 16.o Lugar. Comecei a estudar Eletrônica. Na escola haviam aulas de música e eu aprendia violão. Cheguei a me apresentar na escola com outros colegas. Mas depois me senti desestimulado e abandonei a escola.                                                                                                                
          Em 2001 fiz de novo uma prova para estudar Telecomunicações no Cei de Quintino. Eram 15 alunos por vaga, mas consegui passar. Estudava de manhã e passei a participar das rodas de violão e conhecer muitas pessoas na escola. Havia ficado 7 anos sem estudar matemática e quem estuda eletrônica precisa aprender matérias que o aluno normal do 2.o Grau só aprende no último ano como Razões Trigonométricas no Círculo. Não pude comprar os livros e tirava xerox. A galera começou a fazer eventos no Teatro e passei a participar e a conhecer mais pessoas na escola. Lembro de ter tocado umas três vezes no teatro lotado. E também ajudávamos a organizar o evento.
          Um Amigo meu que estudava na ETE Juscelino Kubitshek em Jardim América me chamou para participar de um festival de música, ensaiamos algumas vezes e no dia tocamos a sua linda música: Canções de Guerra. Foi muito legal, tocamos e voltamos para casa. Quando à noite uma pessoa ligou para ele avisando que havíamos ganho, foi demais, ficamos muito felizes, ganhamos uma bicicleta.
          Uma amiga que havia estudado em Quintino, agora estava na ETE Adolpho Bloch em São Cristóvão me convidou para participar da Semana de Artes na escola e foi muito Bom. Cheguei com o violão tinha vários alunos sentamos na grama, comecei a tocar e a galera começou a cantar: Legião, Raul, Barão e outros.  Parecíamos Hippies: Paz , Amor e Música. Nunca vou me esquecer.
          Quase participei de um festival na ETE Ferreira Viana no Maracanã.
          Penso que matérias como química, física e biologia e até matemática deveriam ser aprendidas tendo como base laboratórios. Aprendo muito melhor quando tenho um contato com o universo físico real da matéria. o Aprendizado dessas matérias dentro de uma sala de aula, o aprendizado enlatado e teórico é pra mim muito chato. A feira de Ciências deveria acontecer umas 4 vezes por ano, seria uma grande saída para não excluir os alunos mais criativos e liberar a imaginação. O Governo deveria pagar melhor os Professores para que estes não fossem obrigados a fazer greves pois estas atrapalham o ano letivo e finalmente o ensino da História do Brasil deve ser melhor analisado: Conceitos como descobrimento, independência e desenvolvimento são dúbios. O Aluno tem que ser um Sujeito Histórico, tem que construir o conhecimento e não ser programado como um robô sem ter a possibilidade de intervenção.
           As Correntes são diferentes, mas ainda estão presentes.

Chinfra, Johnny Quest da Favela